terça-feira, 15 de novembro de 2011

RELEVÂNCIA DO RH DEPENDE DE INFORMATIZAÇÃO

Empresas perdem ótimos profissionais pelo simples fato de não reunirem informações sobre essas pessoas

As ambições das áreas de Recursos Humanos de se tornarem relevantes no processo decisório das empresas está irremediavelmente associada ao uso eficiente da tecnologia da informação. A crescente complexidade das empresas nos dias de hoje, especialmente no que diz respeito à gestão de pessoas, exige que as áreas de RH adotem tecnologias de informação como suporte às suas atividades. A opinião é de Delano Lins, Presidente da Saba do Brasil, empresa que desenvolve sistemas de gestão de pessoas e tem, no Brasil, clientes da magnitude de Petrobras, Banco Itaú, Vale, entre outras empresas:

“Já é opinião corrente que as pessoas, de modo geral, são o principal ativo das organizações, sejam elas bancos, construtoras ou empresas de energia. Mas não é mais possível tratar essa questão de modo amador, deixando a gestão de pessoas apenas para os chefes locais ou fazendo uma gestão baseada no uso de ferramentas antiquadas como planilhas excel, por exemplo”, alerta Lins. 

Para o executivo, as empresas perdem ótimos profissionais pelo simples fato de não reunirem informações sobre essas pessoas que possam ser acessadas no momento mais importante:

“Um exemplo claro de como as empresas perdem dinheiro em processos de gestão de pessoas é visto todos os dias em todo tipo de empresas, das grandes às pequenas: muitas buscam profissionais no mercado que já têm dentro de casa, mas ignoram esse fato porque não guardam as informações sobre suas equipes de modo que possam ser facilmente acessadas quando necessário”, assinala Lins.

O resultado dessa gestão precária da informação significa mais custo à medida em que a empresa precisa disputar gente no mercado e, pior, termina desestimulando o pessoal interno, que está preparado para essa nova oportunidade. Outro problema grave que as empresas enfrentam é a perda de talentos decorrentes de problemas de relacionamento entre subordinados e chefias: 

“Essa é uma das principais causas da saída de bons profissionais das empresas. De modo geral, as empresas não agem para evitar esse tipo de problema, uma vez que a área de RH entrega aos chefes locais toda a responsabilidade pela gestão de pessoas. Com o uso de um bom sistema de análise de desempenho e gestão por competências, as áreas de RH conseguem ter uma visão sobre a relevância de cada empregado que independe dos chefes locais, permitindo que o gestor de pessoas corporativo possa debater qualquer solicitação ou pedido de demissão com todas as informações sobre o desempenho daquela pessoa”, explica Lins. 

A informatização dos processos de gestão de pessoas, assinala Lins, é algo que vem sendo tentado, sem muito sucesso, desde o início da implementação dos sistemas de gestão empresarial. No entanto, esses sistemas, por focarem a gestão financeira das empresas, nunca entenderam, nem entendem nos dias de hoje, que as pessoas não são um recurso como outro qualquer e demandam um processo de gestão completamente diferente daquele destinado à gestão de materiais:

“Nos Estados Unidos, que sempre lideraram, mundialmente, o uso de tecnologias da informação, estamos vendo uma corrida para sistemas especializados de gestão de pessoas. Mais de 51% das 100 maiores empresas do mundo, por exemplo, já são clientes da Saba e esses indicadores só tendem a aumentar porque essas empresas já perceberam que a disputa por talentos é um fenômeno que veio para ficar e é decisivo conhecer sua força de trabalho para tomar as melhores decisões sobre gestão. E com os sistemas de gestão empresarial, orientados para a administração de recursos, é impossível compreender o que são, como trabalham e as ambições dos empregados”, conclui Lins.

Fonte: InCorporativa