sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FLUXO DE CAIXA




A partir dos dados contábeis, pode-se projetar o fluxo de caixa das operações, para períodos subseqüentes. O fluxo de caixa é a demonstração visual das entradas e saídas distribuídas pela linha do tempo futuro.

A vantagem da projeção do fluxo de caixa é antecipar eventuais necessidades de capital de giro, decorrentes das operações, e assim facilitar o planejamento financeiro, buscando fontes alternativas de recursos, a custos mais baixos.

MONTANDO UM FLUXO DE CAIXA A PARTIR DOS DADOS CONTÁBEIS

Como se utiliza a contabilidade para projetar o fluxo de caixa?

1. Verifique o Plano de Contas, se está adequado a este gerenciamento. É importante que as contas estejam adequadamente correlacionadas ás operações mais importantes da empresa, como:

Vendas à Vista
Vendas á Prazo
Compras à Vista
Compras á Prazo
Impostos correntes
Impostos parcelados
Provisão de Férias
Provisão de 13o. salário
Etc.

2. Os saldos dos balancetes devem estar devidamente conciliados, para permitir a transcrição dos valores a pagar nas projeções:

Fornecedores
Impostos a Pagar
Instituições Financeiras
Etc.

3. Relatórios auxiliares podem permitir melhor elaboração do fluxo de caixa.

Como exemplo de relatórios auxiliares:

Planilhas de vencimentos de empréstimos e financiamentos
Relatórios de Contas a Receber
Relatórios de Contas a Pagar
Vencimento de Aplicações Financeiras

RESTRIÇÕES

Como toda projeção, o fluxo de caixa parte do pressuposto da veracidade dos dados e também de premissas variáveis como volume de vendas, inadimplência de clientes, compras, custos e despesas operacionais. Portanto, o administrador precisa ter cautela, sabendo que as primeiras projeções provavelmente sairão imperfeitas.

De qualquer forma, as projeções podem ser um indicativo do “fôlego financeiro” da empresa, possibilitando determinadas ações preventivas (como cortes de custos, alongamento de prazo de compras, etc.).

PLANILHA

Obtendo-se os dados contábeis e financeiros, projeta-se numa planilha as entradas e saídas, incluindo-se:

·     Vendas à Vista
·     Cobrança de Duplicatas de Clientes
·     Resgates de Aplicações Financeiras (CDB, FIF, etc.)
·     Obtenção de parcelas de empréstimos
·     Outras receitas (como aluguéis, juros recebidos de clientes, dividendos e outros)
·     Pagamentos de Duplicatas, decorrentes de compras de mercadorias, matérias primas, insumos, etc.
·     Compras à Vista
·     Folha de Pagamento (nos meses de férias coletivas, acrescer os pagamentos a este título – em novembro e dezembro de cada ano, incluir o pagamento das  
      parcelas do 13o salário)
·     Tributos a pagar (ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, INSS, FGTS, entre outros)
·     Pagamento de despesas gerais (aluguel, luz, água, telefone, despesas de escritório, pró-labore, etc.)
·     Amortizações de empréstimos e financiamentos (tais como FINAME, Leasing, Capital de Giro)
·     Outras saídas (pagamentos de dividendos, compra de imobilizado, etc.)

Uma boa idéia é buscar os valores do período anterior (de preferência mês-a-mês), individualmente junto ás contas contábeis.

Por exemplo:

Vendas à vista: computar os valores lançados a crédito (líquido dos débitos) mês a mês:

Vendas à Vista
 Débito R$
 Crédito R$
 Crédito Líquido R$
jan
  10.000,00
    50.000,00
          40.000,00
fev
    4.000,00
    29.000,00
          25.000,00
mar
    5.000,00
    70.000,00
          65.000,00
Total
  19.000,00
  149.000,00
        130.000,00


Uma análise rápida desta conta, permite deduzir que as vendas líquidas (valor do crédito menos débito) no trimestre janeiro a março correspondem a R$ 130.000,00. A média de vendas foi de R$ 130.000,00 divididos por 3 meses = R$ 43.333,33 por mês.

Desta forma, na projeção de vendas á vista para o 1o trimestre do ano seguinte, por exemplo, pode-se concluir que as vendas à vista (se a projeção for trimestral), será de R$ 130.000,00 + % de aumento do período (correspondente ao aumento de preço dos produtos e serviços da empresa). 

Fonte: Portal Auditoria